Muitas vezes, somos julgados pelo pouco que conseguimos
(ou não) demonstrar, apenas. Se agimos com discrição ou timidez, se mal olhamos
nos olhos por mera vergonha, ou se passamos despercebidos por não ter a coragem
de nos aproximarmos, à vezes, erroneamente, somos vistos como antipáticos,
apáticos, antissociais ou coisa do gênero. Eu sempre passo por isso! Não sou
inteira e exageradamente tímida, porém, em alguns momentos, em alguns lugares
e/ou circunstâncias, sou extremamente tímida e preciso me familiarizar com tudo
e todos para só depois interagir. Há algo de psicológico que ainda não foi
trabalhado nisso tudo, sem dúvidas. Perdoem-me se estou errada. Mas aquele que
me julga apenas pelo meu jeito tatu de ser, nunca vai se permitir me conhecer
de verdade (e pode ser que tenhamos o que compartilhar, sejam sonhos, desejos,
interesses em comum). E, claro, por outro lado, se eu não enfrentar a minha
timidez, também estarei perdendo a chance de conhecer novas e boas pessoas.
Numa conversa com uma amiga, descobri que sofremos do mesmo “mal”, e eu nunca a
achei tímida, sempre a vi como sociável, simpática e até destemida. Como nós
somos seres complicados, como somos cheios de mistérios... É difícil encontrar
no outro e em nós mesmos os verdadeiros sentimentos, as verdadeiras vontades,
as necessidades ou desejos latentes. Apesar de tudo, acho incrível que nós
ainda acreditemos no outro, na possibilidade do encontro. Acho importante não
julgarmos uma pessoa pelo que ela demonstra ser e sim nos darmos a chance de
conhecê-la de perto, ainda que isso custe um pouco para acontecer, ainda que
seja um empenho danado... Acho válido nos permitirmos descobrir a infinidade de
coisas, sentimentos e sensações que compõem um ser, que muitas vezes não nos
passava de um ser humano qualquer, apenas pela aparência. . .
domingo, 15 de junho de 2014
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