Sabíamos que aquela escada simbolicamente separaria os nossos destinos. Sabíamos sem ao menos entender o porquê. Nós a descíamos lado a lado, passos cadenciados, sucessivos, afoitos. Eu, seguia firme, pesado, ainda que a sensação fosse a de pisar em nuvens. Ela, delicada, pés leves, como quem flutua, mesmo com os pés no chão. Degrau a degrau, silêncio absoluto. Éramos ligados por uma força destrutiva e vital, que nos mantinha eretos, livres, presos um ao outro - enquanto os corpos se repeliam. O desfecho, afinal. Eu, caí estatelado no chão à procura de um novo sentido para os velhos sentimentos. Ela, simplesmente alçou voo para nunca mais voltar. Enfim, só(s).
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
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Que triste... Mas que lindo!
ResponderExcluirOlha aí, depois diz que não sabe escrever bem!
Lindo, moça. Dá um curta-metragem com narração off xDD
ResponderExcluirObrigada, Fábio e Nádia. É um prazer dividir com vocês os meus desabafos...
ResponderExcluirNádia, podemos pensar no caso do curta. ;)
rs...
Beijos!