Olá!!!
Por esses dias, estive pensando na proporção planos versus realizações (e na felicidade, também). Não me refiro a grandes planos, quase inalcançáveis. Refiro-me àqueles até bem pequenos, mesmo. Nos quais conseguimos ver o real sentido da vida. Percebi que a maior parte das minhas frustrações foram plantadas por mim mesma, quando planejava sem refletir direito, sem medir as consequências, ou até mesmo sem observar o absurdo do ato planejado.
Sendo assim, por outro lado, refletindo cá no meu cantinho, percebi, ainda, que as minhas maiores alegrias vêm dos dias bem aproveitados (e talvez não planejados). Dos pequenos gestos, dos sorrisos marotos, do juntar-se para nada fazer, das palavras de carinho e das pequenas realizações (dotadas – a meu ver – de grandes conquistas, como oferecer um sorriso para uma criança e receber em troca a sua inocência, amizade e até cumplicidade).
Desse modo, percebo que a felicidade não depende só dos planos bem executados. É claro que eles são importantes. Mas ela, a felicidade, vai muito além disso. Está presente em nós, atravessa as nossas manhãs (e manhas!) e permeia os nossos dias. Basta-nos um olhar mais aguçado, uma percepção mais dedicada (e delicada), que os nossos dias – planejados ou não – serão sempre como as manhãs de sábado ou domingo: leves, agradáveis e convidativas. E o melhor: felizes!
Por isso,
“Queda decretado
que todos los días de la semana
inclusive los martes
más grises, tienen derecho
a convertirse en mañanas
de domingo.”
(Thiago de Mello, trad.de Pablo Neruda)
“Me gustaría
que el año
comenzara
todos los sábados.”
(Mário Benedetti)
Tenho dito.
Obrigada a todos que escapam para este meu cantinho. Desejo que esta semana transcorra bem e traga-lhes boas novas a cada nova manhã.
Um beijo grande.